terça-feira, 21 de outubro de 2008

É só mais uma história, boba, de amor.


Assim que o viu ela sentiu a timidez se aflorar, continuou andando e atendeu o telefone.
Ela teve medo que o mesmo olhar acontecesse novamente, mas aquietou-se.
Mais tarde, porém, ele foi até ela, abriu um sorriso, estendeu os braços e a abraçou como jamais havia feito.Ela sentiu algo estranho, percebeu então que era uma borboleta no estômago; na hora lembrou-se das palavras de Mário Quintana e também dos romances que assistira.Pensou em quão bobas são as mulheres, que se deixam levar por pequenas coisas, por toque, pelo contato físico e visual e, pela imaginação, imaginação que se aflora mais do que deveria quando o assunto é romance.
Por alguns instantes ela refletiu, desligou-se do que estava a sua volta, foi racional e voltou a realidade.Os sininhos pararam de tocar e lá estava ela, recuando de tudo o que sua mente havia,por instantes, criado e, voltou sua atenção aos que estavam a sua volta.
Sem que ambos percebessem estavam separados, era um espaço relativamente grande, ela pouco ligou, continuou sorrindo e conversando.
O inesperado sempre aparece, pega de surpresa pela famosa face vermelha, quando ela pôde perceber o seguiu com os olhos e viu o quão atencioso ele é com as pessoas, sempre solícito e alegre, naquele dia um brilho especial o acompanhou em cada passo que deu e ela não conseguiu tirar os olhos dele e mal pôde disfarçar -alguém percebeu.
Uma criança estava nos braços dele e ela, por gostar tanto de crianças, viu nele o lado paternal se aflorar, nitidamente, e gostou tanto do que viu que sorriu.
De novo os olhares se encontraram , desta vez foi rápido, mas não deixou de ser percebido.
Os minutos passando, as conversas rolando, é aqui, é alí, nada mais importava, ela havia sido pêga pela euforia, pela vontade de encontrar aquele olhar.
Vai para lá, vem para cá e de novo ela se surpreende pela voz a chamar seu nome, era ele...se ela pudesse teria parado o tempo naquele momento e voltaria a cena quantas vezes fosse preciso, só para ouvi-lo chamar seu nome, era melodia aos seus ouvidos.
O que ela estava adiando estava prestes a acontecer, a partida.
Mais algumas palavras, palavras que certamente ela guardou, um último abraço, não, mais um e mais um olhar; o que a deixou sorridente foi o fato de tudo ter partido dele, ela se quer moveu-se, deste o primeiro ato ele quem tomou partido, talvez por isso ela tenha ficado tão eufórica,estava em meio ao desconhecido, já que em relação ao amor ela que sempre tomou partido, mas naquela hora era tudo diferente e mágico.
E assim ela pôde ir para casa feliz.
O segredo da felicidade está nas pequenas coisas, tal frase não saía de sua cabeça.
Quando chegou em sua casa quis apenas pegar uma caneta e correu em direção ao seu diário para deixar registrado, através das palavras, tudo que lhe acontecera.
Após o término do mágico dia, ela fechou os olhos e, na manhã seguinte era só uma abóbora. -ao menos uma abóbora feliz e sonhoradora!

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