domingo, 28 de setembro de 2008

Fernando Pessoa

O AMOR, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há-de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
P'ra saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe,
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...

-Revela-

ps:no final só para descondicionar a mente, se é certo, não sei, apenas quis fazer diferente, risos. =]

sábado, 27 de setembro de 2008

Você pode...

Você pode chorar porque as coisas não andam da maneira que você gostaria ou, pode se alegrar por viver!
Você pode se estressar por ter uns quilinhos a mais ou, agradecer a Deus por nada te faltar.
Você pode reclamar das suas longas pernas ou, ser imensamente grato por poder usá-las.
Você pode ficar frustrado por não saber tudo o que gostaria ou, passar o que sabe adiante.
Você pode se fazer de vítima ou, ser o herói da história.
Você pode não fazer nada ou, fazer tudo.
Você pode abaixar a cabeça e se entregar ou, abrir um lindo sorriso e viver!
Você pode ficar com raiva por não ter dinheiro para realizar todas suas vontades ou, usar sua imaginação e brincar de faz de conta.
Você pode se enfurecer por não ir ao cinema com frequência ou, pode rir de si mesmo porque sabe as falas do seu filme predileto.
Você pode culpar o mundo por tudo ou, assumir seus atos e ser uma pessoa melhor.
Você pode julgar todo mundo ou, fazer a diferença.
Você pode se prender a alguém ou, simplesmente deixar um pouco de si.
Você pode ler um bom livro e guardar todas as informações para si ou, compartilha-las com os que se interessam.
Você pode dar um tchau de longe e achar que fez muito ou, dar um forte abraço, aquele inesquecível.
Você pode destruir a vida de uma pessoa com as palavras ou, adoçar a vida da mesma com palavras motivadoras.
Você pode ligar para críticas ou, superá-las.
Você pode guardar na gaveta seus mais lindos poemas ou, publicá-los -por satisfação própria-.
Você pode se lastimar a vida toda ou, contar sua experiência.
Você pode invejar determinada pessoa ou, se lembrar que você é único e, não há outro igual a você.
Você pode se achar um ''nada'' ou, esperar para descobrir que é o ''tudo'' de alguém.
Você pode derramar lágrimas sozinho ou, chorar num ombro amigo.
Você pode discutir sobre política ou, elogiar seu próximo.
Você pode escrever longas cartas e não entregá-las ou, eternizar o momento entregando-as.
Você pode ignorar as crianças ou, voltar a ser criança ao lado delas.
Você pode se queixar de ter que acordar cedo para trabalhar ou, ser grato por ter trabalho.
Você pode achar que não serve de nada saber ler e escrever ou, pode usar essa arma para ensinar os que não possui.
Você pode guardar sentimentos ou, aflorá-los.
Você pode ser cauteloso ao extremo ou, pode correr um risco -de vez enquanto-.
Você pode ficar furiosa porque está chovendo depois de ter ficado a tarde toda fazendo chapinha ou, agradecer a Deus pela chuva.
Você pode maltratar as pessoas que ama ou, dizer a elas, enquanto há tempo, o grandeza de sua estima.
Você pode deixar para depois para conhecer a Deus verdadeiramente, ou conversar com Ele agora.
Você pode escolher falar besteiras ou, se reservar para amadurecimento/conhecimento próprio.
Você pode ser a tela em branco ou, deixar que tintas cheguem a você.
Você pode escolher a solidão ou, o calor de uma amizade verdadeira.
Você pode não comer doces por medo de engordar ou, se lambuzar com aquele sorvete de chocolate e, ser feliz por isso.
Você pode se desprender do amor ou, esperar pelo verdadeiro.
Você pode perder o juízo ou, usá-lo enquanto ainda o tem.

Você tem as coisas simples da vida a cada dia, então as aprecie, pode ser que não haja mais tempo.
Viva, sinta, seja você e tenha consciência de cada ato, são eles que faz de você o que és.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Cresça e amadureça!


Crescer...
Quando eu era criança o pai de um amiga dizia:''cresça e apareça'', depois que eu cresci, quando ele me viu disse:"cresceu, agora amadureça!"

Algumas pessoas crescem, mas não amadurecem.Outras amadurecem com o decorrer de cada ano, acompanhando a idade.Outras ainda amadurecem através de experiências.

Eu gosto muito de me avaliar; recordar é viver, não que eu viva do passado,
apenas recordo o já vivido e rio, e aprendo.
Aos 18 anos eu pensava que já sabia de quase tudo, que já era madura o bastante, uma garota decidida e bem resolvida, hoje, aos 20 anos, só sei que nada sei, tenho muito a aprender, muito a pesquisar, a descobrir.
O tempo que passa só me mostra o quão leiga eu sou a respeito da vida e sim, os mais experientes são aqueles que já viveram seus 50, 60 anos, estes sim dão os melhores conselhos, os mais sábios e sensatos.
Por vezes eu ''fechei'' meus ouvidos, por consequência o sofrimento, e a angústia em saber que eu havia sido avisada.

Amadurecer é difícil e complicado.
Sabe o que é fácil? Guardar os problemas dentro de uma caixa imaginária e solucioná-los depois, empurrá-los com a barriga.
É difícil ser autêntico, maduro e até mesmo sincero, sabe por quê? Porque a sociedade impõe pessoas fingidas, mentirosas, que tapam o sol com a peneira, enfim, pessoas imaturas, que ensinam imaturidades, passam adiante a falta de caráter, hipocrisia, tudo isso como sendo bom, bonito e aceitável.
É óbvio que em toda regra há excessão, porém olhe em volta, pare e pense no que tentam infiltrar em sua mente, o que a sociedade propõe, sugere a você, seus filhos, seus pais, ao país...

Ser maduro é não aceitar modismo, é destinguir o certo do errado, é errar e assumir a consequência, é ser sincero mesmo quando não convêm, é lutar pelos ideais com seriedade, ser maduro é saber que há muito o que aprender, embora já se saiba muito -em relação aos senhores [ras] de 50/60- é ser decidido, resolvido, autêntico, sapiente.
Conceito meu sobre maturidade.

Quero viver sabendo que eu tenho muito que aprender.
Quero passar segurança aos meus filhos em relação a vida, ensinar que só se aprende vivendo, e vivendo atento às palavras daqueles que já viveram mais.

Palavras,sempre as palavras...

domingo, 7 de setembro de 2008

...

Toda vez que recorro ao blog é para desabafar...

Não sei o que acontece comigo, parece que em algum momento eu estacionei, é como se eu estivesse presa no tempo a espera de uma solução.
Eu já não eternizo problemas, tento solucioná-los, mas parece que falta alguma coisa, o meu quebra-cabeça não está completo, preciso achar a peça, porém não sei por onde procurar.
Há confusão, tormento e até angústia; uns dizem que é ansiedade, não vejo desta forma, não acredito que seja uma coisa só, é uma mistura de sentimentos batidos no liquidificador que é a minha vida e,para sentir o sabor é preciso separar os gostos, complicado para você? para mim então, nem se fala!
Tem algo preso dentro de mim...
Muitos me deixam palavras motivadoras, mas mesmo assim fico frustrada por não ser segura, por ter medo de enfrentar meu próprio ''eu''.
Está tudo girando, me incomodando...Tenho andado, andado e andado, mas não chego a lugar algum.
Eu sei aonde está minha solução, mas tenho fugido dela, talvez eu queira me sentir capaz, talvez eu pense que sozinha consigo, mas assim não vou mesmo chegar a lugar nenhum. =/
Até mesmo por aqui eu me podo, não deveria, aqui é minha sala de terapia e mal consigo me ajudar, me limito em algumas palavras.
Será que eu sei o que procuro?
Eu preciso primeiro ''degustar'' a situação para depois descobrir como solucionar meus problemas, é...estou agitada, e confusa.
Está doendo viver assim, sei que devo ser mais confiante, mas tenho medo, estou com medo.
Às vezes me sinto sozinha, incompleta.
Por quê fico com essa sensação? Por quê?