domingo, 19 de outubro de 2008

Eu estive pensando...


Eu estive pensando...Não há problema em querer lembrar dos momentos ruins, através deles raciocino melhor, condiciono a minha mente e me faço saber,automaticamente, que não quero reviver o que já passou.É um condicionamento à lá Stanislavski, risos, mas acho que funciona.É uma boa teoria, vai! Vamos ver na prática!
Não que eu queira me torturar ou ser vítima, ao contrário, quero aprender, através da dor, a ser forte, a ser sábia e, sei que isso é possível.
Hoje assisti a uma reportagem emocionante com o comentarista Casagrande, ele passou por uma situação realmente difícil e complicada, porém a expôs com toda sinceridade, sem medo de julgamentos e rótulos, eles ''escancarou'' quem ele é, o quê ele é e, alertou àqueles que passam/passaram por momentos como os que ele vivenciou.-ele é dependente químico.
É difícil ''abrir'' a vida a quem quiser saber, mas é bonito transmitir que para todo problema, uma solução e, o que eu achei bonito, foi a humildade dele, dizendo que precisou/precisa de ajuda, disse que sem a família não seria possível prosseguir.Ele apontou os conceitos que tem e passou uma lição, ao menos para mim; o mundo, ou melhor, reduzirei, o Brasil tem problemas que às vezes ficam adormecidos porque há muita ênfase em determinados pontos,muitos focos são desviados, fazendo com que o consumo e o acesso a droga cresça.
Vivemos tempos de ''solidão'', conflito com o ''eu'' e, muitos não sabem lidar com isso e se refugiam em vícios,-muitas vezes sem volta, dando passaporte para a morte.
Temos visto pais que matam filhos e tem a pachorra de tentar ''explicar'' e mais, dão ''desculpas'' estapafúrdias e repugnantes; filhos matam os pais por coisas pequenas e insignificantes e o tema do momento e, com certeza repercutirá até que haja outro pior, a morte de Eloah, uma jovem garota cheia de vida pela frente, que só estava em sua casa cumprindo dever escolar.
Não há mais ponto a chegar, creio que vivenciamos o limite.
Ainda assim, há sempre algo a transmitir em meio a tanta dor e horror.
Em meio a tragédia surge compaixão,muitos se ajoelham e pedem a Deus que ajude a família a ''superar'' o momento,que mostre ao rapaz o caminho do arrependimento -uma vez que o mesmo diz ter em cada lado do ombro um ''anjinho e um diabinho'', que sussuram em seus ouvidos,então que através do ''anjinho'' ele encontre a paz de espírito.
É, a vida é feita de julgamentos, mas o que seria da vida se não houvesse aquele que estende a mão e acolhe, que dá o ombro para chorar e mais, aquele que faz o bem, mas não olha a quem, simplesmente faz.
É difícil tirar algo bom em momentos ruins, em meio a perdas, mas a hora da alegria chega, mesmo quando a dor parece insuportavelmente grande.
Quem vos escreve é alguém que não sofre nem mais nem menos, mas sofre e aprende!

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