quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Casimiro de Abreu -Oito anos-


Meus oito anos


Oh ! Que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras,
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Como são belos os dias
Do despontar da existência!-
Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é - lago sereno,
O céu - um manto azulado,
O mundo - um sonho dourado,
A vida - um hino d'amor!
Que auroras, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!h ! dias da minha infância!
Oh ! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã!
Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberta o peito,-
Pés descalços, braços nus -
Correndo pelas campinas
À roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!
Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo,Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!.........................................................................................
Oh ! Que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras,
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais! .
*
Depois de tais palavras, não preciso dizer mais nada, elas falam por mim!
Ahhh, que saudade!
*
Saudade é uma das palavras mais presentes na poesia de amor da língua portuguesa e também na música popular, "saudade", só conhecida em galego-português, descreve a mistura dos sentimentos de perda, distância e amor. A palavra vem do latim "solitas, solitatis" (solidão), na forma arcaica de "soedade, soidade e suidade" e sob influência de "saúde" e "saudar".
Diz a lenda que foi cunhada na época dos
Descobrimentos e no Brasil colônia esteve muito presente para definir a solidão dos portugueses numa terra estranha, longe de entes queridos. Define, pois, a melancolia causada pela lembrança; a mágoa que se sente pela ausência ou desaparecimento de pessoas, coisas, estados ou ações. Provém do latim "solitáte", solidãoSaudade é uma das palavras mais presentes na poesia de amor da língua portuguesa e também na música popular, "saudade", só conhecida em galego-português, descreve a mistura dos sentimentos de perda, distância e amor. A palavra vem do latim "solitas, solitatis" (solidão), na forma arcaica de "soedade, soidade e suidade" e sob influência de "saúde" e "saudar".
Saudade é uma espécie de lembrança nostálgica, lembrança carinhosa de um bem especial que está ausente, acompanhado de um desejo de revê-lo ou possuí-lo. Uma única palavra para designar todas as mudanças desse sentimento é quase exclusividade do vocabulário da língua portuguesa em relação às línguas românicas; há mesmo um mito de que seja intraduzível. Porém, assim não acontece no que diz respeito à língua romena, em que existe a palavra "dor", correspondente semântico perfeito da "saudade" portuguesa (em romeno, a palavra portuguesa "dor" traduz-se por "durere"). Em galego existe a mesma palavra saudade, por vezes na variante soidade; os galegos também usam a palavra morriña ou morrinha com um significado parcialmente coincidente. Em crioulo cabo-verdiano existe a palavra sodade ou sodadi, directamente derivada da portuguesa saudade e com o mesmo significado.

Desabafo e protesto!

Venho por meio deste blog derramar minhas palavras, ou seja, desabafar...eu e o eufemismo rs.

Há um tempo estou inconformada com o meio de transporte, porém fui deixando para reclamar depois, tentei me conformar, achar ''normal'', mas como todo e qualquer cidadão sensato não consegui me acostumar ao meio de transporte paulistano.
Verdade seja dita, está cara a passagem, não vem ao caso dizer o valor de minhas passagens, digo apenas que por dia é uma ''fortuna''!
Meu inconformismo não é apenas com o valor, é, também com a falta de consideração com os passageiros, o descaso com os funcionários das linhas, sim, linhas porque eu faço uma via sacra diária...

Não quero passar por coitada; ''pobre Carolina, utiliza o meio de transporte mais lotado de São Paulo'', não, longe de mim ser a coitadinha da história, o caso é que uma super lotação no ônibus causa um péssimo humor, um desgaste físico e emocional, estress...tudo isso colabora com o decorrer do dia, já que passamos uns bons minutos dentro do ônibus, que seja, ao menos, confortável.

Sabe o que me irrita?
Ser pisoteada, levar cutuveladas, fazer cara de paisagem quando eu quero esganar alguém, mal hálito e homens que se aproveitam de tal situação -ônibus lotado-, tais coisas me irritam a ponto de vir ao meu blog protestar, deixar palavras, se são palavras ao vento eu não sei, mas de qualquer forma sempre é bom deixar a opinião, seja aonde for!

Palavras finais:
-Idealize a cena, um carro que transporta animais numa estrada de terra esburacada, ou, coloque São Paulo dentro de Santo André...
Bom, se você idealizaou a cena, sentiu, pela imaginação, um pouco de como eu me sinto diariamente pela manhã.

ps: desculpe meu desabafo, eu precisava disso, não pude me conter rs.