domingo, 10 de agosto de 2008

Porque?

Por quê eu estou com medo?
Por quê o frio na barriga teima em aparecer?
Por quê existe a dúvida? Por quê?
Ah se eu tivesse resposta a todas minhas perguntas...
Não há ansiedade, existe apenas o medo do desconhecido, o gélido ar da ''insegurança'', meus pensamentos estão petrificados, o difícil agora é esperar o sol aparecer para derreter o que o frio congelou.
A impaciência em obter resposta faz de mim, neste momento, uma garota insegura, cheia de questionamentos.
Eu sou decidida, sei bem o que quero e o que não quero e, peço, por favor que me deixe em paz!
Não ronde meus pensamentos, desapareça! Suma mesmo, é o melhor a ser feito!
Não tente compreender isto, não desta vez!
Preciso apenas extravasar pensamentos referentes aos últimos acontecimentos de minha vida, preciso, de alguma maneira me ''libertar'' disso e seguir em frente; já que não posso gritar, porque acredito que assustarei metade da vizinhança- venho por meio deste, extravasar, liberar minhas ''angústias''.
Ahhh como eu amo as palavras e a arte que elas, por si só, produzem.

Não gosto de brincar de gato e rato, gosto de enfrentar o problema de frente, com ousadia e cabeça erguida, neste aspecto sou forte e corajosa, há controversas, risos...
Não se pode brincar com os sentimentos de alguém, quem quer se seja, não é engraçado!
Palavras jogadas ao vento são apenas palavras, cuidado com o que você fala!
Encare a vida de frente, peite o problema, resolva a situação e, por favor, pare de fugir, coloque o pingo no ''i'' e corte o ''t'', me incomoda uma vida pela metade, fragmentada, incompleta... argh!
Desabafo na calada da noite?!
Repito, não tente entender, decifrar, desvendar minhas palavras, não desta vez!
Pérolas aos porcos? Quem sabe?
A conclusão disso tudo somente eu entenderei, um dia, quem sabe, assim espero!
Acabei de descobrir uma coisa, talvez eu assuste as pessoas quando falo o que penso, quando tento desvendar um ''mistério'', pois é, Carolina, também conhecida como ''Shirley Holmes'', heterônimo...talvez! Gosto de alter-ego também!
Há confusão, sempre há,mas o conformismo tomou conta de mim, porém não deixei de ser curiosa; minha curiosidade sobre a vida e as coisas da vida não permite que eu me estacione, não mesmo!
Vamos lá, fala!
Fala que eu sou a causadora do medo, o medo que eu deixo nas pessoas quando digo a verdade, a minha verdade, o medo que eu causo quando falo sobre a realidade.Ninguém gosta da vida como ela é, há sempre reclamações...Eu não!
Eu quero mais da vida, eu tenho o giz de cera na mão, pára de reinventar, aceite seu livro de colorir e pinte-o da maneira que souber, não adianta desenhar em cima do desenho, fica feio, alguém já fez isso por você, apenas pinte, é simples!
Não vou mais te dar o lápis de cor, agora você terá que encontrá-lo com os teus olhos e pode ter certeza que eu já não possuo cor alguma, não para você, passei de giz de cera a canetinha, tudo na vida evolui, até mesmo quando colorimos...
Chegou a hora de brincar com massinha, montar o quebra-cabeça, e, quem sabe um dia, colorir de novo, volto a dizer que eu já não tenho mais cores, não para você!
De uma forma ou de outra tirei das minhas costas um peso, o peso da dúvida!
Pego agora meu faber-castell aquarelável e volto a colorir.
O que seria de mim sem as analogias? risos...
Hoje o dia foi diferente, foi sim! Eu ouvi, de uma forma doce, mas dura, o que precisava, alguém me deu a tinta, eu já tinha o pincel, por isso não posso emprestar meu giz de cera, isso você terá que fazer por sua conta.
Na escola a professora ensina como juntar as palavras, mas quem as forma é você, sou eu, somos nós...
Tudo está muito claro pra mim agora, confuso pra você, imagino, enfim, não era para ser decifrado mesmo,... mais risos...
Sei apenas que estou livre, livre para voar...alto, cada vez mais alto!
Obrigada!


Carolina Lancha Romera



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