segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Eu quero paz

''A paz invadiu o meu coração...''
Eu sempre gostei de fortes emoções, de uma vida agitada, de ''barulho'' saudável, de altas gargalhadas, de sair correndo rua adentro, correndo, gritando, pulando e cantando...
De repente meu coração pediu paz, pediu calma, pediu silêncio!
Fui invadida por um sentimento desconhecido, jamais pensei que pudesse querer tranquilidade, sem exageros, sem balões coloridos, sem muito alarde, era só paz, tranquilidade, silêncio (...).
Será que envelheci sem ao menos ter alcançado três décadas? ah, pobre de mim, pensei, sofro de velhice precoce, velhice de espírito,e aonde foi parar meu espírito aventureiro? talvez tenha ficado guardado em uma de minhas gavetas; eu me escondi dentro de uma delas para agradar o mundo e não agradar ninguém, pois o que ganhei com meus alardes, com minha mania de resolver tudo, de falar demais, foi tristeza e decepção, ganhei carnaval quando mais quis valsa!
Às vezes pergunto o que eu fiz da minha vida até agora, entro em paranóia, me machuco, faço arranhões em minhas feridas e as deixo sangrar até que sequem e eu possa abrí-las novamente, não, eu não sou masoquista,apenas não tenho sabido lidar com a dor.
Em meio a tantas palavras encontro conforto~.
Eu ainda não aprendi a falar com as pessoas sobre o que eu sinto, por medo de ferí-las, por medo de ser rude demais, eu guardo cada palavra dura para mim e choro sozinha no frio de meu quarto.
Eu ainda vou crescer a ser gigante, risos...
Eu quero paz, viver um dia de cada vez sem preocupações que façam meus fios de cabelo caírem, quero poder comer algodão doce e se eu engordar que não haja desespero, quero cantar alto e se desafinar que eu ria disso, não me preocupe, quero torcer para o meu time sem me preocupar em que posição de liderança ele está, quero poder falar sobre o que eu faço sem me preocupar se alguém se sentirá diminuído, quero poder falar sem me preocupar, quero ser eu, quero ter paz!

3 comentários:

Fabíola Oliveira disse...

Coisa louca tudo o que se passa em nossa mente. Maneira de ser vivendo intensamente. Maneira de ser sentindo perigosamente, todos os sentimentos do mundo. Não queremos isso, queremos o riso e o osso do pescoço. Comemos até o caroço, não desistimos de ser assim.
Eu quero o bom, quero a risada, quero o silêncio e a gargalhada. Tudo assim misturado, com estardalhaço de uma boa pancada. Mas sem a dor, sem o barulho, num mundo doido de um sonho maluco.
Mas a loucura é sã num colo quente que ri de si, sem estar doente.
Quero o circo, quero o palhaço.
Quero toda a malandragem sem ser escasso.
De mim mesmo, nem do mundo.
Porque de mim não desisto
de ser profundo.
Profundo como toda a água que desce muito e acha, um dia, seu fundo-undo.
E vai lá, sem medo de gente, buscar se eu, ser valente.
Vai, Carol, busca a paz. Aquela que não se esgota nem nunca, nem jamais :).

Fabíola Oliveira disse...

Querida, sei que pirei no comentário abaixo. Mas sério, foi a resposta que seu texto me inspirou a dar. É uma reação a ele. Engraçado, quando comecei a escrever nessa caixinha de comentário, me surpreendi com o efeito que a leitura dele provocou em mim, na maneira de expressar minha opinião. Não foi planejado,saiba desde então :) - deixa eu parar...rsrsrsrsrsrs:).
Bj.,

Carolina disse...

Hahahahahaha, adorei,Bia,adorei!