quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Não dá para não pensar em você

Hora vem, hora vai...
Olhou no relógio mais uma vez, verificou se havia sinal no celular, entrou no e-mail, atualizou a caixa de entrada -o fazia a cada cinco minutos- nenhuma novidade!

Sentiu-se deslocada, triste e desamparada.Por vezes pensou se merecia mesmo passar por tal situação, o desespero inundou seu ser agiu rápido e traiçoeiramente sob ela, não havia o que fazer, quando pôde perceber as lágrimas já estavam rolando em seu rosto, uma atrás da outra (...)
Sentiu-se mal por toda pressa que teve em concluir trabalhos, em antecipar programações, estudos, enfim, por antecipar sua rotina só para tê-lo um pouco mais, mais vezes, o que ganhou em troca? ingratidão! seu esforço foi desmerecido.
Nada que ela fizesse seria reconhecido, não que ela desejasse reconhecimento, queria apenas um pouco de compaixão, de carinho, um pouco mais de atenção -talvez ela fosse carente além da conta, ou talvez quisesse um pouco mais de tempo devotado com sinceridade,seria pedir muito?

Percebeu que estava triste e não queria sentir-se assim, queria viver a vida, alegre, saltitante, mas o que fazer? - pensou ela- em meio a dor é fácil se entregar, mas não era esse seu objetivo, ela queria mais da vida, ela queria sorrir, mesmo que seu coração estivesse despedaçado, mesmo que sua vida estivesse em frangalho, não só por causa da falta que ele deixara, mas também por inúmeras situações perturbadoras que a envolvia.
Decidiu então sorrir para a vida, se deixar levar pela alegria transmitida por crianças, se tornou uma delas, sentou-se no chão, leu um livro, fez cócegas na barriga de um lindo garotinho, ganhou beijos de uma doce menina e foi feliz (...) esperando a chegada de mais um dia, esperando a oportunidade da vida ser diferente, esperando ser amada como se nada mais no mundo importasse além dela, pelo menos por um dia (...).

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