quarta-feira, 1 de maio de 2013

Queria me casar...

Eu queria me casar!
O vestido, o laço, o sapato, a caminhada até o altar e o noivo a me esperar.
É, eu queria me casar!
Talvez este passo para a realidade esteja mais em um conto de fada do que em uma data específica da minha vida.
E desta vez eu pensei, "agora vai!", mas não foi, não saiu do lugar, se quer se mexeu, me deixou alí, imaginando, acreditando que poderia dar certo, que seria certo.
E quantas vezes isso doeu em mim, bem fundo lá dentro do peito, machucando tão intensamente que as lágrimas já não conseguiam expressar o que eu, de fato, sentia.
Não é plausível brincar com o coração do outro, não é bonito jogar jogos, não é divertido achar que tudo pode acontecer quando não vai.
Por que deixar alguém esperando? Por que brincar de amar se não se ama de verdade?
Ou ama?
Quando o medo fala mais alto do que o amor existe algo muito errado.
Eu queria ser cuidada, bem tratada, acariciada, bem quista, queria ser o favor de Deus na vida daquele que Ele mesmo reservou.
Eu pensei que fosse você, pensei que eu sairia do conto de fada e chegaria a realidade, mas não, não, e não, mais uma vez NÃO.
Quanta coleção de não!
Eu não quero seu sentimento de dó, nem sua pena, quero apenas tirar isso de mim.
Quantas coisas acontecendo no mundo, na sociedade, nas vidas e eu chorando por que ninguém me quer, ou quem eu quero não me quer, diz que quer quando na verdade não consegue apreciar o que diz que quer.
Eu gosto de escrever porque de alguma forma isso sai de mim, esse choro entalado em minha garganta, essa angústia, essa dor, esse sentimento de rejeição.
Estava pensando em Jesus e me senti muito mal,porque Ele foi tão rejeitado, maltratado e humilhado, e eu não aguento que não me queiram, que não me cuidem, me apreciem; na verdade coloco no plural quando na verdade é no singular: não aguento que não me queiras, não me cuides, não me olhes, não me aprecies, não me ames.
É que eu pensei que viveríamos uma linda história de amor, daquelas escritas por Deus, com direito a testemunho entre as nações; é... eu pensei.
Para ser bem sincera me resta um fio de esperança, e eu me odeio por isso, pois queria não tê-la dentro de mim, queria apenas viver e não pensar em mais nada além das crianças que precisam de ajuda, das coisas em que a minha vida pode ser útil, queria pensar nisso, apenas nisso, na beleza de ajudar o próximo, nos atos de amor e serviço, na minha vida com uma utilidade tamanha que tudo é preenchido por isso, pela existência do outro e a felicidade em servir ao outro e amar sem limites; ah! como eu queria pensar apenas nisso, como eu queria...
Detesto achar tempo para isso, para essa minha insignificância da minha vontade de uma vida a dois.
Eu aprecio o casamento, amo os casais que se formam, a beleza que há no amor...
Eu só queria ser amada....
E que fique bem claro que Deus me basta, mas eu queria acertar, eu queria sair da escrita e ser realidade em datas, fotos, chá de cozinha e a marcha nupcial.



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